sábado, 14 de junho de 2025

Ainda Existe Amor Em Nós/Parte 40 (Cont. parte 39):

Na delegacia...

Caoimhe chegou na delegacia na companhia de Liana e sua filha Sarah, pediram para falar com o delegado sobre o desaparecimento de sua filha Callie. O delegado Oliver Edwards da 79 DP veio atender ao chamado de um de seus policiais, ele cumprimentou as damas com um boa noite e um aperto de mão e o bate papo começou entre eles: 

(Delegado Oliver): no que posso ajudar as damas ?

(Caoimhe): eu vim registrar queixa de desaparecimento da minha filha.

(Delegado Oliver): como chama a filha da senhorita ?

(Caoimhe): Callie Odhán Kelleher.

(Delegado Oliver): ela está desaparecida desde quando ?

(Caoimhe): pelo que Sarah me disse foi desde o início da tarde de hoje.

(Delegado Oliver): Sarah, me diga um pouco mais sobre o ocorrido.

(Sarah): oficial Oliver, minha e eu iríamos passear pelo centro de Boston para nos exercitar ao ar livre como costumamos fazer, mas ela nem sequer atendeu meu celular.

(Delegado Oliver): algum vizinho viu Callie ?

(Sarah): perguntei de porta em porta e ninguém sabia dela.

(Delegado Oliver): ela tinha rivalidade com alguém ?

(Caoimhe): de jeito nenhum delegado.

(Delegado Oliver): na faculdade, escola, curso, trabalho ou estágio ?

(Caoimhe): ela nunca me falou nada a respeito e se tivesse com certeza me diria seu delegado.

(Delegado Oliver): tinha problema com algum dos vizinhos senhorita Caoimhe ?

(Caoimhe): não seu delegado, minha filha é adorada por cada vizinho(a).

(Delegado): Sarah você lembra do horário certo que havia chegado na casa de sua amiga ?

(Sarah): faltavam 20 minutos para as três da tarde seu delegado.

(Delegado Oliver): desde esse tempo você tentou ligar para sua amiga mas não conseguiu ?

(Sarah): exatamente e ela nunca fica com o celular desligado.

(Delegado Oliver): nós vamos registrar boletim de ocorrência e começar nesse exato momento as buscas por Callie Odhán Kelleher.

(Sarah): podemos esperar por notícias em casa seu delegado ?

(Delegado Oliver): sim e eu avisarei assim que tiver notícias sobre a Callie.

(Caoimhe): deixei meu contato na recepção.

(Sarah): eu também seu delegado.

(Liana): eu também seu delegado.

(Delegado Oliver): ok senhoritas, prometo fazer de tudo pra encontrar sua filha senhorita Caoimhe.

(Caoimhe): muito obrigada seu delegado.

(Delegado Oliver): disponha senhorita, tenham uma boa noite.

(Elas): boa noite seu delegado ! (Disseram em uníssono).

O delegado registrou o boletim de ocorrência, elas saíram da delegacia e foram as três para casa de Liana, Caoimhe não ficaria sozinha em sua casa. 

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Na delegacia, o delegado Oliver procurava entender como uma jovem bonita como aquela poderia ter desaparecido misteriosamente sem sequer ser vista por vizinhos e não tendo problemas com ninguém. Puxou pelo nome da moça nas redes sociais e ficou surpreso que aquela moça da foto era irmã caçula do goleiro do Liverpool Caoimhín Kelleher, seus olhos verdes se arregalaram diante da tela do computador vendo as fotos da jovem loira no instagram ao lado do irmão. O delegado, juntou seus homens numa sala e contou o relato sobre quem era aquela linda moça, mandou que eles fossem procurar por todos os hospitais de Boston, necrotérios, qualquer lugar possível onde poderia estar essa moça, afinal a mãe dela precisava saber, independentemente da situação o que aconteceu com ela e onde ela foi encontrada. Os policiais saíram da sala com a foto da moça pra procurar por ela por cada cantinho de Boston conforme o delegado havia designado.

O delegado Oliver criou uma carteirinha de identificação com dados pessoais sobre Callie para que seus homens pudessem ter mais facilidade pra encontrá-la e rezando para ser com vida em algum hospital de Boston.


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Caoimhe chega na casa na casa da melhor amiga de sua filha e é levada até um dos quartos de hóspedes da casa onde ficaria instalada naquela noite. Caoimhe agradece pela hospitalidade, por ter aberto a porta de sua casa para ela naquele momento, Liana abraça a mulher na intenção de passar calma e um pouco de conforto, Sarah também abraça a mãe de sua melhor amiga e carinhosamente diz: ''Callie vai voltar pra nós, sã e salva''. Caoimhe agradece com um sorriso contido, mas seus olhos estão cheios de lágrimas, é notável que ela tentava segurar-se mas não conseguiu. Caoimhe secou as lágrimas rapidamente, se despediu delas com um bom noite, correspondeu ao abraço que ganhou delas e educadamente fechou a porta. Liana trancou a porta principal de sua casa que era a única que ainda permanecia aberta, apagou as luzes da sala e cozinha, em seguida ela foi para seu quarto e Sarah para o quarto dela. 
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No quarto de hóspedes, Caoimhe admirava uma das diversas fotos lindas de sua filha orando e pedindo a Deus enquanto suas lágrimas caíam sem parar rolando sua face. 


Em oração, Caoimhe pedia chorando: 

''Deus, protege minha filha por onde quer que ela esteja, livra ela de todos os males e perigos, traga ela de volta para meus braços sã e salva. Pai, eu não quero encontrar o corpo da minha filha num necrotério, eu quero encontrar minha menina com vida num hospital, coloque um anjo no caminho dela pra que a socorra se ela estiver em apuros, traga de volta minha filha Deus de volta para mim cheia de vida''. 
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Depois da oração, do pedido, Caoimhe chocou ainda mais, mas abafada com o rosto dentre os travesseiros na cama, seu choro era compulsivo, sua angústia era enorme, só queria receber uma ligação da polícia de que sua filha Callie havia sido encontrada num hospital. 
Foi em meio ao choro compulsivo abafado aos travesseiros que Caoimhe viu o dia amanhecer pela janela com seus olhos inchados de tanto chorar. 


08:00 Da manhã de domingo e Caoimhe já estava fora da cama, havia escovado os dentes, saiu do quarto de hóspedes, agora se encontrava na cozinha preparando o café da manhã.
O fato das donas da casa serem americanas, Caoimhe queria agradar no café da manhã preparando algo bem típico dos Estados Unidos.
Cerca de 30 minutos depois e o café da manhã estava pronto, a mesa estava sendo posta e antes mesmo que pudesse chegar na sala Liana e Sarah puderam sentir o aroma de café fresquinho, aroma que perfumou a sala toda. 
Liana e Sarah desceram a escada, passaram pela sala e logo chegaram na cozinha. Ao adentrarem na cozinha, Liana e Sarah cumprimentaram Caoimhe, foram correspondidas, juntas elas se sentaram á mesa, o café da manhã foi elogiado, elas se serviram, Caoimhe agradeceu pelo elogio ao seu café da manhã preparado, começaram a se alimentar.


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Durante o café da manhã uma conversa surgira entre elas e assim fora essa mesma:

(Liana): Caoimhe, você conseguiu dormir ?
(Caoimhe): não Liana. Eu vi o dia amanhecer.
(Sarah): seus olhos estão inchados senhora.
(Caoimhe): passei a noite, a madrugada chorando meu bem.
(Sarah): eu tenho certeza que a polícia vai encontrar a Callie.
(Caoimhe): passei a noite com o celular ligado.
(Liana): tenho certeza que Callie vai ser encontrada bem Caoimhe.
(Caoimhe): eu daria tudo pra que esse celular tocasse agora.
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A conversa para naquele momento. O celular de Caoimhe toca, ela imediatamente atende com a maior expectativa de notícias. 
Era o delegado Oliver ligando e lhe dando a notícia que fez seu coração bater aliviado, caiu num choro compulsivo, mas desta vez não de tristeza e sim de alegria por sua filha Callie ter sido encontrada no hospital de Mass. General Hospital (MGH). 
Callie agradeceu ao delegado pela notícia, desligou o celular e passou para elas duas a notícia de que sua filha Callie foi encontrada. A emoção invadiu a sala, Caoimhe só queria encontrar a filha, nem queria saber de café da manhã, só queria estar com ela e nada mais. 
Liana e Sarah entenderam que ela queria apenas estar com a filha depois de horas de tanta agonia e angústia sem saber de Callie.
Liana e Sarah terminaram de tomar o café da manhã que Caoimhe havia preparado com muito carinho apesar da noite difícil que ela havia passado, se levantaram da mesa as três, o que sobrou do café, Caoimhe correu até o quarto e pegou sua bolsa com documentos, retornou para a sala e junto com Sarah, com Liana saíra de casa, a porta foi trancada pela jovem, as três embarcaram no carro e se mandaram rumo para o hospital onde Callie está.
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No trajeto, Caoimhe agora contava os minutos para reencontrar a filha Callie e dar um ponto final aquele capítulo horrível que viveu em sua vida. 
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Caoimhe chega no hospital em que sua filha Callie se encontra e logo que chegou na recepção do mesmo cumprimentou as recepcionistas com um bom dia, ao seu lado estavam Sarah e Liana que também cumprimentaram as recepcionistas.
Caoimhe apresentou seus documentos e se identificou como mãe da paciente Callie Odhán Kelleher. Uma das recepcionistas puxou no computador o nome da jovem, disse que ela se encontrava no quarto 347 no 8º andar, receberam as pulseirinhas e foram de imediato para lá. 
No elevador, Caoimhe esfregava as mãos e Liana notou, assim como Sarah também, mas não disse nada.
Liana virou-se para Caoimhe e disse: ''graças a Deus que Callie foi encontrada Caoimhe, não te disse que tudo terminaria bem ? Deus é sempre bom !"
Caoimhe virou-se com um sorriso largo de alívio nos lábios e disse para Liana: ''Disse sim que minha filha seria encontrada, Deus é maravilhoso o tempo todo. O que eu passei só Deus sabe amiga e eu não desejo isso pra ninguém, logo vou estar pertinho da minha menina, graças a Deus''.
Liana e Sarah deram um abraço em dupla em Caoimhe, a jovem escritora não conseguiu conter as lágrimas rolando em sua face, mas agora eram lágrimas de felicidade que tudo aquilo foi apenas uma página virada, apenas um susto.
Sarah acredita que todos ficarão ainda mais sossegados assim que o suspeito ou suspeita desse sequestro fosse identificado(a) e fosse para cadeia.
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Assim que chegaram no 8º andar, na sala de espera Caoimhe, Liana e Sarah encontraram o delegado Oliver e seus policiais, agradeceram a cada um.
Caoimhe perguntou se poderia ver a filha Callie, o delegado Oliver disse que confirmaria com o enfermeiro(a) responsável.
Não demorou muito e ele voltou com uma resposta positiva, disse que depois as outras duas entrariam também para visitá-la, mas que não poderiam demorar muito, seria tolerado pelo menos 10 minutos de visita para cada e que ainda Callie seria interrogada sobre o sequestro relâmpago. 
Caoimhe entrou no quarto para ver a filha e Callie estava acordada e deitada, sua perna quebrada estava esticada sobre uma almofada pra cima. 
Caoimhe se aproximou da filha e lhe deu um abraço suave cheio de amor e alívio por ter encontrado sua filha exatamente como havia pedido em oração.
Callie correspondeu ao abraço cheio de amor da mãe da mesma forma, ainda estava toda dolorida por conta das torturas que havia sofrido, estava com alguns arranhões nos braços e no rosto, nas pernas. Caoimhe percebeu que a filha estava com a perna quebrada e com uma tala, com proteção, sentou-se na poltrona ao lado dela bem pertinho da cama e começaram a conversar, tinham apenas agora 8 minutos para isso.

(Caoimhe): filha, você não viu o rosto da pessoa que lhe sequestrou ?
(Callie): não mãe, foi tudo muito rápido. 
(Caoimhe): você nem sequer ouviu a voz da pessoa filha ?
(Callie): impossível reconhecer mãe, a pessoa usava um dispositivo de voz pra não ser reconhecido.
(Caoimhe): filha, se a pessoa fez isso deve ser conhecida.
(Callie): como chegou nessa conclusão mãe ?
(Caoimhe): filha pensa bem. Se a pessoa usou esse dispositivo pra não ser conhecida ela conhece você.
(Callie): será que essa pessoa me conhece mãe ?
(Caoimhe): acho que sim filha. Se ela quisesse se identificar ela faria isso.
(Callie): eu não quero pensar nisso mãe, foi assustador demais pra mim.
(Caoimhe): eu sei disso amor, mas você vai precisar relatar para a polícia como tudo aconteceu.
(Callie): sei disso mãe e eu vou contar.
(Caoimhe): eu fiquei desesperada quando soube do seu sumiço filha.
(Callie): eu posso imaginar mãe, mas agora estou bem, o pior passou.
(Caoimhe): o delegado me disse que interrogou o taxista que socorreu você filha.
(Callie): o motorista chamava-se Harry.
(Caoimhe): isso mesmo filha. Ele com certeza foi o anjo que pedi em oração pra te ajudar.
(Callie): e ele veio me ajudar. Não sei o que seria de mim se Harry não tivesse aparecido.
(Caoimhe): ainda bem que ele apareceu filha. 
(Callie): ainda bem mesmo mãe. Sarinhah está aqui mãe ?
(Caoimhe): claro que sim e está louca pra rever você meu amor, mamãe vai ter que sair pra ela poder entrar, tá bem amor ?
(Callie): tá bem mãezinha, tá ok ! Te amo muito mãe !
(Caoimhe): também te amo muito minha princesa. 
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Caoimhe se levanta da poltrona, dá um beijo na testa da filha Callie carinhosa, abraça ela delicadamente e em seguida caminha até a porta, manda beijos de lá, é correspondida e sai do quarto fechando a porta. 
Uma enfermeira que acompanhava Callie entrou no quarto, perguntou como ela estava se sentindo e a resposta foi: ''um pouco dolorida, cansada !"
A enfermeira entendeu que ela precisava tomar remédio analgésico para dor. 
A enfermeira dera um comprimido analgésico para Callie, ela tomou com água e se acomodou melhor no travesseiro, a entrada de Sarah no quarto foi permitida e elas começaram uma conversa, teriam apenas 10 minutos. 

 







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